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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Você é viciado(a) em internet?

 
Uma das cenas mais comuns atualmente é ver as pessoas absortas ao celular, passeando pelas páginas do Facebook, conferindo emails constantemente, desconectados do mundo real a seu redor. Qual seria a medida que separa o uso constante da internet do vício e da compulsão?
A dependência de internet preocupa pais e profissionais da saúde. Na Coreia do Sul, por exemplo, o governo considera o exagero no uso da internet como problema de saúde pública grave e estima que 210 mil crianças e adolescentes (2% do total de jovens) precisam de tratamento específico, que inclui psicoterapia e até medicação.
Alguns psiquiatras sugeriram a inclusão do vício em Internet no DSM-V, última atualização do Manual de Diagnóstico das Doenças Mentais, também conhecido como uma “bíblia” da psiquiatria. A alteração não foi acatada. Indo para a área psicológica, o uso excessivo da internet é considerado sintoma, manifestação de problemas psicológicos mais enraizados, chamados basais.

Ansiedade e aflição
 
Zygmunt Bauman (1), sociólogo polonês referência na reflexão da modernidade, considera os tempos atuais como a Era da Ansiedade. O excesso de possibilidades e a vertiginosa velocidade com que as informações são atualizadas tem a angústia como efeito colateral.
“Modernidade líquida” é o termo cunhado por Bauman para designar o espírito dos tempos atuais. O mar de estímulos e de informações proporcionados pela internet é uma das facetas mais características do espírito dos tempos atuais.
Excesso de atividade online pode levar a estados de aflição doentios, pois a maré contínua de informações que o mundo online provê supera a capacidade humana de processamento.


Abuso é sintoma de um distúrbio psicológico
 
Abuso de internet não é considerado doença pelos médicos. É um sintoma de problemas psicológicos já instalados. O mesmo ocorre com televisão e videogame. O vício em internet é uma compulsão como jogar e beber, um sintoma, uma manifestação de algum distúrbio psicológico de base.


Por ser uma ferramenta relativamente nova, é normal que várias suspeitas sobre o uso da rede fiquem no ar. Por que ficar 16 horas online é diferente de passar o mesmo tempo lendo? A reflexão está não apenas no quanto, mas para que o lugar que a rede ocupa na subjetividade de cada um.

Como tratar
 
Na ausência de algum desequilíbrio mental mais sério, o abuso de internet pode ser tratado com terapia breve, indicada para resolução de problemas focais. Este tipo de terapia trabalha apenas um problema, sem se aprofundar em outras questões. É feita em um número de sessões predeterminadas e com objetivo também definido de antemão. Não visa trabalhar profundamente a personalidade.
Há casos que requerem cuidados mais prolongados. É quando a compulsão, inclusive por internet, interfere no cotidiano e na vida social da pessoa. Nestes casos, a suspeita é de transtornos depressivos e de ansiedade, por sinal, muito comuns em viciados em jogos. Se realmente constatado o distúrbio, psicoterapia é o indicado, inclusive por psiquiatras. Somente nos casos mais graves há necessidade medicação em paralelo à terapia.
Viver em rede foi sempre aspiração humana. O Facebook faz online aquilo que nossos antepassados faziam nas rodas em torno da fogueira: atualizar-se sobre as notícias da tribo. É possível dizer que as escritas das pirâmides egípcias são bem parecidas com os sites de hoje: imagens e letras em uma tela disponível para todos e para sempre. Entre a tábula dos dez mandamentos e o iPad, mudaram a dinâmica e a tecnologia, já as aspirações, não.

 
O bom e o mau uso da internet
 
O mau uso da internet existe, portanto, mas vale a avaliação caso a caso. Passar dias na rede estudando para concursos não é doença, pode ser necessidade. Isto sem falar em quem trabalha diretamente com a internet.

Dispersão x atenção
 
A dispersão é um efeito colateral da internet combatido por escolas e empresas, muitas delas restringem o uso de celular nas salas de aula e durante o expediente. Por outro lado, as novas gerações demonstram alguma adaptação cognitiva aos novos tempos. Entrevistas com primeiros colocados nas melhores universidades brasileiras apontam nesta direção: os estudantes dizem que ouviam música, viam TV ou liam atualizações nas redes sociais enquanto se debruçavam sobre algoritmos e mitocôndrias.

Mundo real x virtual
 
Priorizar as relações virtuais ao contato presencial com pessoas é um dos sintomas que os pesquisadores usam para identificar um possível vício em internet.
No campo afetivo, os benefícios da rede são incontestáveis: as agências de namoro virtual com foco em grupos específicos se consolidaram. O número de casamentos iniciados online cresce, para a felicidade dos tímidos, grandes beneficiados por esse tipo de agenciamento. Pessoas com preferências semelhantes buscam seus iguais, familiares e amigos distantes têm recursos de vídeo para manterem contato. Em alguns presídios, o Skype é ferramenta de ressocialização.
As carências humanas não mudaram com a Internet. A necessidade de inclusão em algum grupo social e de alívio para a solidão permanecem.  Nesse sentido, as redes sociais atuam como paliativo, mais ainda nas cidades grandes, onde é mais fácil ter uma comunidade virtual do que pertencer a algum grupo que frequentemente se encontre.
Comunidades virtuais não substituem a necessidade humana de contato pessoal. Conviver não se aprende online, implica em negociar preferências, há perdas e ganhos. Bauman, em entrevista ao programa “Fronteiras do Pensamento”, acredita que boa parte do sucesso do Facebook está na facilidade de se excluir, e não na inclusão, um amigo virtual. Completa dizendo que romper com alguém na vida real pode envolver dor, mentiras e culpa.



A solidão das grandes cidades
 
Cada vez mais pessoas moram sozinhas nas metrópoles e o tempo para convívio em grupo é raro. As atividades são realizadas em espaços fragmentados geograficamente. As comunidades virtuais são o caminho mais fácil para o desejo humano de conexão, o mesmo que formou as primeiras tribos, comunidades e, por fim, as grandes cidades. O sucesso das redes sociais com os mais distintos objetivos só ocorre por coincidir com o desejo de pertencimento. O Facebook não cresceria sem demandas sociais. Escapar à solidão é uma delas.
O isolamento é um das principais causas do adoecer psíquico e aí mundo virtual encontra mercado amplo na impossibilidade de encontro humano. Paradoxalmente, a internet conecta digitalmente, ao mesmo tempo em que mantém a distância física, a fragmentação, mantendo o problema da carência inalterado.

Alternativas
 
O imediatismo do mundo online não coincide com as necessidades da vida real. Não há saúde psíquica que dê conta da ansiedade de ler as atualizações de centenas de amigos virtuais, contínuas.   
A reflexão sobre o uso compulsivo da internet recai sobre o papel do mundo online na vida de cada um, da negação de contato com o mundo real e de possíveis problemas psicológicos de base. Mesmo que através de terapia, o questionamento passa pelo contato pessoal. Pela inserção de uma outra pessoal real no cotidiano do sujeito.

Dicas para evitar o vício em internet
 
A psicóloga comportamental Kimberly Young é considerada referência nas consequências do mau uso da internet para a saúde mental. Em seus estudos, ela aponta algumas medidas para evitar que a rede tome lugar excessivo na vida da pessoa.
A primeira medida é praticar o oposto, ou seja, tentar relacionar-se com pessoas no mundo off-line. Outra medida, no caso da leitura compulsiva de e-mails antes do café da manhã, por exemplo, é determinar metas e horários. Interromper a rotina online disfuncional é fundamental. Um sintoma que pode indicar vício em internet, segundo Kimberly Young, é verificar emails e atualizações das redes sociais antes do café da manhã.
Usar os finais de semana para atividades sociais offline é outra sugestão. A abstinência da internet favorece outros aspectos da vida. Muita gente não percebe o tempo que a internet ocupa em suas vidas, daí a estudiosa sugerir que inventários pessoais, ou seja, a reflexão apurada dos hábitos cotidianos, possam ser úteis na identificação de potenciais malefícios do mundo online na vida de cada um.
Young indica ainda terapia pessoal e familiar, além da participação em grupos de apoio como medidas para os que suspeitam estar com a vida comprometida pelo uso abusivo da internet.
Ainda não inventaram um equivalente virtual ao beijo, ao abraço, à serenidade de estar em companhia de alguém que amamos.
 
Visite a fonte do texto:
NAMU







sábado, 1 de novembro de 2014

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